
A Ministra da Educação, Drª Isabel Pires de Lima, na abertura do II Congresso de Língua Portuguesa, usou a expressão do escritor Eça de Queirós para argumentar a favor da diversidade linguística. Isabel Pires de Lima pediu ainda aos Governos dos países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP) que adoptem medidas coerentes e consertadas para “defender este património imaterial da Nação”. "Se nos limitarmos a defender o ensino e a aprendizagem da língua enquanto meros instrumentos utilitários, acabaremos por ser conduzidos à ideia de que mais vale usarmos todos a mesma língua”. Propôs, então, que seja a palavra – dita e escrita – “o mais radical e definitivo instrumento para evitar a homogeneização cultural global que presentemente nos ameaça – a “mesmice” de que falava Eça –, e combater o fantasma do esperanto imperial”. A professora lançou críticas à forma como a literatura é tratada nas escolas e sublinhou que apenas essa “arte” tem “poderes re-ordenadores do mundo, interpeladores da experiência humana e criadores de mundos comparados”, podendo ser “instrumento para remar contra a maré e sublinhar a afirmação das comunidades”.
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