O Eduardo Azevedo Soares, do 12.º TEAC, enviou-nos este vídeo com a leitura de um soneto de Camões.
Obrigada, Eduardo!
Se as penas com que Amor tão mal me trataPermitirem que eu tanto viva delas,Que veja escuro o lume das estrelas,Em cuja vista o meu se acende e mata;E se o tempo, que tudo desbarataSecar as frescas rosas sem colhê-las,Mostrando a linda cor das tranças belasMudada de ouro fino em bela prata;Vereis, Senhora, então também mudadoO pensamento e aspereza vossa,Quando não sirva já sua mudança.Suspirareis então pelo passado,Em tempo quando executar-se possaEm vosso arrepender minha vingança.Luís de Camões
 
 
 
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