Poema

SOMOS NÓS!
“Oh! Que Barca tão valente”

Não é mesmo…
Insólito.
Mas no mínimo…
Fascinante.
Cruzarmos o rumo
Da nossa vida
Em paragens…
Alucinantes,
Com amigos
Que vão e vêm…
Que sentem e têm…
Amor, calor e apreço.

Chegámos ao fim,
Desta nobre
E sublime
Viagem
Em tom ilustre e honroso
Que pinta estes anos de viagem.

Inflamam-se os sorrisos entusiastas
Os momentos de dilema
E tristeza
As gargalhadas de criança
Docemente acompanhadas
De dois dedos de conversa…

Fomos tudo…

Gozámos com Pitágoras
Dentro de um triângulo retângulo;
Perdemo-nos em África,
Na injustiça do desenvolvimento.

Fomos membros da Revolução dos Cravos,
Que derrubou o Estado Novo;

Navegámos na euforia da Barca do Inferno
E na bonança da Barca da barca da Glória
Aquando do Julgamento,
Da nossa vitória.

Viajámos com o sangue
Ladeados pelas hemácias,
Percorrendo todo o corpo
Numa viagem de audácias.

Convivemos com Kandinsky,
Soltámos expressividade;
Fizemos o Manelito
Valeu-nos a saudade!

Desafiámos Isaac Newton
Numa luta contra o tempo
Fizemos movimentos
Que nem ele soube explicar!

Fomos gotinhas de água num universo em mudança,
Dançámos e dançámos para marcarmos a esperança
Da alegria e da bonança.

Assistimos de pé ao flagelo da 2ª Guerra Mundial
À qual lançámos,
Um grito cordial.

Viajámos no Universo,
Na palete das línguas,
O Francês e o Inglês,
Congratulo neste verso.

Brincámos como crianças
Na fórmula resolvente;
Descobrimos Senos e co-senos
E até chegámos à tangente.

Embarcámos com Vasco da Gama,
Para descobrir as cousas do mar
Prometemos segui-lo sempre
Sempre sem parar,
N’”Os Lusíadas”.

Uns ácidos carboxílicos,
Outros álcoois atrevidos
Certo é que,
Juntos descobrimos
Até os aldeídos.

E dos ácidos e do álcool,
A água vai saindo
E ainda no final
O éster descobrindo

As vivências de três anos,
Em versos resumindo…

Fomos, Fomos Nós…
Fomos mais alto!
Descobrimos,
Soltámos gritos,
Fomos mais que a razão…

Bradámos,
Festejámos vitórias
E lamentámos derrotas
JUNTOS!
Isto, meus caros, somos NÓS!

Pedro Poças - 9ºD - 2011-2012