quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um Pinguim a Garagem - Para quem gosta de ler


Um Pinguim a Garagem
Luís Caminha
(Colecção "O Campo da Palavra - Setembro 2009)

Já todos tivemos a sensação de não nos reconhecermos ao espelho. Mas... se, além disso, reconhecêssemos outra pessoa no lado de lá? É o que sucede a Luís, personagem principal de “Um Pinguim na Garagem”, que tem um dia a confirmação de que é um clone do seu pai. Ao longo do texto, vai descrevendo o desamparo e a luta inglória pelo direito à diferença, que sente ter-lhe sido roubado. E, como também refere desde a primeira página, este roubo tanto resulta do facto de ser produto de uma clonagem como da “mestria com que o pai dominou essa outra arte, bastante mais castrante e corrosiva, ancestral como a espécie humana [...] e que bem se poderia chamar de clonagem educacional”.

Fica a mensagem: a de este meio de procriação poder vir a ser procurado, preferencialmente, por aqueles que vêem nos filhos um prolongamento, um instrumento de eternização.

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei. Uma escrita depurada, com as palavras pensadas e repensadas. O melhor livro que li este ano.
Rui Neves.

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