quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Todos estamos tristes

Foram duas as vezes que conversei com ela, a Laura. Digo CONVERSEI propositadamente. Senti, como sinto algumas vezes, o verdadeiro prazer de uma comunicação clara, autêntica,profunda, olhos nos olhos, sem ruídos.
Os olhos da Laura eram belos. Quem olhou atentamente não se ficou pelo verde da cor. Viu a beleza interior que os iluminava. Viu alegria e, por debaixo, sofrimento. Viu ternura,compaixão, sinceridade, compreensão, amizade...
Eu vi uma pessoa com P, aberta ao Outro, ao Mundo. Disse-lhe com sinceridade, fazendo-a sorrir: "Quando for grande quero ser assim." Ela compreendeu que não era um elogio supérfluo, daqueles banais e repetitivos. A Laura sentia o que era de facto sentido.

Não tive o privilégio de a ter como colega, apenas nos encontrámos em ocasiões de jantar ou almoço.
E senti um choque quando ouvi a notícia. Aquela Vida não podia ter parado.
Tive que a acompanhar, pelo menos na igreja. Sorte tiveram todos aqueles que a cotejaram em vida. Tornou-os mais ricos, não duvido.

Maria de Fátima Canarias (ex docente da ES Júlio Dinis)

Cartazes da associação 25 de abril

 Estes são alguns cartazes da Associação 25 de abril. Vê mais cartazes