sexta-feira, 31 de outubro de 2008


Dói-me a janela
Chicotada pelo granizo
E o vulto que pressinto
Na névoa das cortinas.
Doem-me as lágrimas
Que soluçam na vidraça
E a lua que se esconde
À tempestade.
Dói-me o vento que arrasta
As sombras distorcidas
Das notas de um nocturno
De Chopin…

Dói-me a claridade do sol
Que fere súbito
A janela pela manhã.

Profª Ilda Regalado