Recensão crítica do filme “Marion, 13 ans pour toujours”, de Bourlem Guerdjou, sobre uma história de bullying bem real e que não deixa ninguém indiferente. Um filme que vale a pena ver!
“Marion, 13 ans pour toujours”
“Marion, 13
anos para sempre” é um filme de produção francesa de 2016, em que o tema
central de todo o enredo é o já tão conhecido e atroz bullying, em que a
longa-metragem retrata uma das vítimas desses atos de violência.
Marion Fraisse
era uma pré-adolescente de 13 anos, antiga residente de Essonne (um
departamento localizado no sul de Paris), que vivia junto dos seus pais, Nora e
David, e seus irmãos, Clarisse, de 9 anos e Baptiste, de 18 meses, e uma
estudante do 8.º ano de escolaridade.
Marion passou o
seu novo ano letivo, no meio de um cenário caótico, instalado pela sua própria
turma. Todavia, após uma mera denúncia, apresentada pela mesma ao diretor,
sobre um péssimo comportamento de um dos seus colegas, acabou por ser
insultada, assediada, humilhada e ameaçada por todos os membros da sua turma,
no próprio recinto escolar, nas redes socias e por SMS, sendo vista como uma
traidora ou o inimigo de todos.
Os seus pais,
esses, tão preocupados, nunca teriam o conhecimento do sofrimento de sua filha,
pois, mesmo que alguns dos professores presenciassem esses episódios de
violência, abafavam-nos no silêncio, e mesmo ela jamais exprimiria a sua dor e
fingia estar bem.
Foi a 13 de
fevereiro de 2013 que, após ficar sozinha em casa, num ato de desespero,
amarrou um tecido no topo do seu beliche e enforcou-se. Sua mãe, por um mau
pressentimento e preocupação, voltara a casa, deparando-se com o cadáver de sua
filha. A partir daí, Nora lutará para descobrir a verdade por detrás do
suicídio da menina, aplicando a justiça por ela.
Tamanho enredo
é, de facto, chocante, contudo verídico, dado que esta nossa doce e aplicada
Marion Fraisse existiu e toda esta história fora a sua, transmitida pela sua
mãe e publicada em 2015, em formato de livro. Só em 2016 é que a trama chegou
às telas dos cinemas, baseada no livro de Nora.
Este doloroso
fim não sucedeu apenas a esta jovem, mas sim a um incontável número de
indivíduos, pertencentes a diversas faixas etárias, de vários sexos e a
diferentes partes do mundo, até mesmo nos tempos atuais.
O sofrimento
que a jovem e os seus pais sentiram poderá ser o de qualquer um, pois cada um
de nós não é superior nem inferior aos outros e, sim, exclusivamente especial.
Nós jamais
devemos aceitar que alguém nos inferiorize, ou galhofeie às nossas custas, ou
nos faça o seu saco de boxe, pronto a ser espancado sem qualquer dó nem
piedade! E, também, nunca deveremos exercer essas práticas sobre os outros!
Cada um de nós precisa de encarar isso como algo a abolir da nossa sociedade, o
bullying!
Carina Cunha, 9.ºE
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